Myōgonji, popularmente conhecido como Toyokawa Inari, localizado em Toyokawa, Aichi, é um templo muito procurado pelos turistas e por quem está desejando sorte, principalmente nos negócios.
No Japão existem 3 famosos santuários "Inari": Fushimi Inari Taisha, em Kyoto;Yutoku Inari, em Saga e Toyokawa Inari, em Toyokawa.
Inari é deus da colheita, considerado também deus do comércio e da boa sorte. A raposa é a mensageira de Inari. Por isso, Toyokawa Inari tem a figura da raposa em diversos pontos, desde a praça mais próxima até o templo.
O espaço comercial, que direciona turistas ao templo, lembra um festival, com muitas lojas de souvenir e restaurantes.
Fachadas de todas as lojas são alusivas à raposa.
Réplicas de raposas são vendidas como lembranças do local.
Cones também tem figuras de raposas.
Na área gastronômica, o prato principal é o inarizushi (inari sushi), lembrando a mensageira de Inari.
Inari coloridos ou não, para todos os gostos.
Sushis inari
Olhe a presilha no cabelo da atendente ;)
Myogonji, o templo
Apesar de ter toda uma fachada, detalhes e até o nome sugerindo santuário xintoísta, Toyokawa Inari exibe uma mistura de características de templo budista e xintoísmo. Myogonji é um templo zen budista, da seita soto.
O templo tem uma longa história relacionados aos guerreiros Oda Nobunaga, Toyotomi Hideyoshi e Tokugawa Ieyasu.
Myogonji surgiu em 1441 e foi transferido para Toyokawa em 1689. Os edifícios datam de 1830, pois os originais foram destruídos em incêndio.
O complexo é extremamente grande, ocupa um espaço de 1.272 ha, contendo 90 templos budistas e santuários. É preciso algumas horas disponíveis para conhecer.
O portão de entrada, Somon, é a mais antiga construção. Riqueza nos detalhes do portão principal de entrada.
Um portal - característica xintoísta - recepciona os visitantes, com duas raposas.
Um extenso caminho leva ao Toyokawa Inari Honden, salão principal do templo, todo em madeira, construção que foi concluída em 1930.
O Salão Principal e as duas raposas de guarda.
A lanterna é enorme e muito antiga
Requinte em toda a sua extensão, também pela entrada lateral
Na lateral, esta porta que foi esculpida em uma única madeira. Arte finíssima!
Através do caminho da entrada principal, diversos edifícios denominados como templos e santuários internos, um belo jardim, lindo lago com carpas.
Temizuya - local de purificação simbólico
Abaixo, museu Jihokan, onde estão expostos pergaminhos, biombos, estátuas budistas, esculturas e até jogos de tabuleiro.
Em Fushimi Inari, Kyoto, são vistos muitos portais pintados de vermelho. Em Toyokawa Inari, são as flâmulas que fazem o caminho para outros salões.
Milhares de flâmulas (Senbon nobori) fazem o caminho, para todos os lados. As flâmulas - adquiridas no próprio templo - tem pedidos de sorte e prosperidade nos negócios e/ou empresas, segurança, assuntos profissionais e escolares, convalescença de doenças.
Pagode de 3 andares
Os corredores superiores levam monges e funcionários de um edifício para outro.
Sob as árvores de cânfora, através do Kei Cloud Gate, segue-se para o antigo Salão principal, Okunoin. Antigamente era corredor de adoração, hoje é o portão de peregrinação para o Okunoin.
Edifício hexagonal
Okunoin, antigo Salão Principal, que foi reconstruído com proteção contra fogo.
Vários edifícios, o tradicional omikuji - papéis da sorte - ,bazar de venda de lembranças e amuletos, sala zen de meditação e capela mortuária
No edifício branco, o Daikoku Hall, duas estátuas de Daikokusama - um dos 7 deuses da sorte (shichifukujin) - onde todos passam a mão.
Daikoku é um dos sete deuses da sorte.
Segundo a mitologia japonesa, é o deus da riqueza e dos fazendeiros, além de abençoar para uma boa colheita. Sempre em pé sobre fardos de arroz e um saco ao ombro, onde carrega tesouros: sabedoria e paciência.O martelo na mão direita, ao atingir, distribui sorte. A barriga significa que está alimentado e próspero.
Reiko-zuka
É o grande atrativo do local. Este caminho leva ao Reiko-zuka, local onde ficam centenas de estátuas das raposas.
As estátuas das raposas foram oferecidas pelos devotos ao longo dos anos, como pedidos de boa sorte ou agradecimentos.
Esta rocha é uma parte interessante do Kitsunezuka. Existem várias lendas envolvendo riqueza. Principalmente em tempos de festivais, a rocha fica lotada de pessoas penduradas. Todos à caça de uma moeda, nas cavidades.
Dizem que se você encontrar uma moeda, guardá-la e obter bons frutos financeiros, deve voltar um ano depois, depositando-a de volta, como agradecimento.
A outra teoria é a de colocar uma moeda e voltar um ano depois, caso encontre a mesma, terá sorte financeira.
Uma outra diz que se você devolver a moeda da sorte, ali retirada, e colocá-la de volta em algum buraco, o encanto volta.
Endereço: 〒442-0033 愛知県豊川市豊川町1 Aichi-ken Toyokawa-shi Toyokawa-cho 1 De trem, a 5 minutos da estação Toyokawa Inari, Meitetsu
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foi um dos Templos de que mais gostei por causa do silêncio e da calma que aí reinavam nesse fim dum dia de Abril 2011 em companhia de amigos japoneses que aí moram... Eu quero voltar lá, mas nada há de mais incerto...
Muito obrigada por me trazer hoje esta lembrança á superfície que me comoveu ...
Bom mais uma bela postagem de quem sabe e conhece os costumes locais, já tinha visto o vídeo e começado a ler o texto, hoje enfim, consegui terminar. Parabéns. Ah, você saberia que dizer porque um dos daikokusama está com a barriga murcha?
Toda vez que organizamos armários e gavetas, encontramos muitas roupas seminovas, sem uso, e até das que não se lembrava mais. Roupas de crianças, em perfeito estado, que não servem mais, peças novas, semi novas, de pouco uso. O que fazer com elas?
No Japão, deparamos com este problema: a quem doar. Existem lojas que compram calçados, vestuário e acessórios usados, mas nem sempre tem interesse nas peças, além do baixo preço oferecido. Doar dá uma sensação muito melhor do que vender a preço baixo.
O Japão é um país que recicla há muitos anos e leva muito a sério. Em cidades como Nagoya, basta colocar as roupas em sacos brancos. As roupas serão recicladas para diversos usos, como panos de limpeza ou enviadas aos países pobres. Campanhas ou grupos de ajuda solicitando roupas usadas aparecem vez ou outra em redes sociais. Algumas instituições religiosas, igrejas católicas, evangélicas, espíritas, aceitam para repassar aos necessitados. A preferência tem sido para roupas de inverno, masculina…
Está chegando a primavera. É quando as belas e parecidas flores rosas começam a desabrochar, uma atrás da outra, a primeira em fevereiro, a segunda em março e, no final de março até abril, as cerejeiras. Lembrando que o clima pode interferir nas previsões, antecipando ou atrasando a florescência.
Também começam as confusões com a identificação ou com o nome das flores, pelas cores e algumas semelhanças.
Saiba como identificar essas 3 belas flores, ligeiramente parecidas:
- Ameixeira - Ume 梅
A primeira a florescer é a ameixeira. Particularmente, dessas 3 flores, gosto mais da ameixeira.
O período de florescência previsto das ameixeiras é o mês de fevereiro.
Ameixeiras não tem caule e as flores brotam diretamente dos ramos. Cada junta no botão tem apenas uma flor e é relativamente espaçoso. As pétalas são arredondadas.
- Pessegueiro - Momo 桃 A previsão de florescimento é março, como todas as flores. As árvores do pessegueiro são mais baixas, geralmente apresentam este formato. As flores cr…
Ouvia muitas lendas na infância e o gosto por este tipo de leitura até hoje me encanta.
"A tecelã de nuvens" é uma das mais bonitas lendas japonesas e - embora muitos conheçam - compartilho aos que ainda não tiveram essa oportunidade.
A tecelã de nuvens
Há muito tempo atrás, na terra do sol nascente, um jovem agricultor, chamado Sei, estava preparando suas terras para o plantio.
Sozinho no mundo e muito triste, pois a mãe, que era tecelã, havia falecido recentemente e não havia ninguém para ajudá-lo nessa tarefa.
Eis que estava ele semeando e, de repente, viu uma cobra rastejando no chão. Sei percebeu que a cobra deslizou firmemente em direção a uma moita de crisântemos, onde havia uma aranha suspensa por um fio de seda da teia. A aranha fez Sei lembrar da mãe - pequena e indefesa - e imediatamente levou a cobra para bem longe com seu ancinho.
A aranha, surpresa com a bondade de Sei, olhou para ele. Sei nunca percebeu, pois além da aranha ser pequena, ele havia retornado ao t…
Se você pensa que só o Brasil usa as garrafas pet através de alguma lenda, está enganado.
Isso acontece em vários países de primeiro mundo, inclusive no Japão.
Este assunto é mais uma das postagens que estava em rascunho por alguns anos, desde que passei por estas casas e descobri pra que serviam essas garrafas.
O tempo passou, o assunto acabou esquecido, até que postei sobre esses baldes de água dispostos em alguns bairros de algumas cidades, muito visto em Arashiyama, em Kyoto, inclusive nos jardins do Heian Jinja.
Esses baldes com água, escritos 消火用, ou Shōka-yō, balde para combate a incêndios, são utilizados para auxiliar em princípios ou focos iniciais de incêndios, para que não se propaguem.
A colocação dos baldes depende de cada associação de bairro, não sendo, portanto, obrigatória, e visto em pouquíssimas cidades.
Na minha opinião - esclarecendo bem que é apenas uma opinião, não consultei ninguém do Corpo de Bombeiros - servem para atender aos nossos instintos iniciais quand…
Apesar de, inicialmente, milhares de pessoas assinassem contra a construção, devido à questão ambiental, o parque temático de dinossauros, Dino Adventure Nagoya, foi inaugurado em julho do ano passado (2016), junto ao Odaka Ryokuchi, localizado em Sakyoyama, Nagoya. A resposta dada, quanto à questão ambiental, é que fora previamente analisada, sem causar danos ou prejuízo. Dino Adventure é um parque temático que contém 18 réplicas de dinossauros, com sons e movimentos para aguçar ainda mais a curiosidade. O som é obtido a partir de um sensor, indicado na foto acima. Muitas réplicas são enormemente assustadoras, como se pode perceber nas fotos acima e abaixo.
Esses abaixo parecem sorrir... Em Gujo, Gifu, já existe um parque semelhante, porém os visitantes circulam de carrinho, um percurso que dura 20 minutos. Em Nagoya, o trajeto é feito a pé. Após adentrar a rota, que é mão única, não pode ser retornada. Portanto, aproveite bem o tempo, aprecie, fotografe ou filme tudo que tiver direito. M…
Já havia comentado superficialmente sobre yakudoshi - idades consideradas de má sorte pelos japoneses, segundo uma crença - nesta >>> postagem e não havia feito uma exclusiva sobre o assunto, até porque existem toneladas de informações pela net. No entanto, a pedido de um amigo da fanpage, puxei um antigo rascunho do fundo da gaveta. Yakudoshi se refere às idades perigosas, antiga crença com origem no período Heian. Uma superstição baseada em trocadilhos, fundamentados na pronúncia dos números com significados ruins. Nos tempos antigos, outras idades eram incluídas como desfavoráveis. Yaku, se traduz como infortúnio ou má sorte e, doshi, consoante alterada devido à junção da palavra toshi, que significa ano. Se procurarmos pela tradução da palavra Yakudoshi no Google, aparece a palavra climatério. Embora não haja muita informação, encontrei este significado para o climatério masculino: "homem no intervalo dos 40 aos 41 anos". A explicação do Dr.Drauzio Varella para o c…
Além-mares... pelos ares ... até um kibutz fez parte de sua vida.
Foto de Lucille Kanzawa(Comunidade Yuba) - Reprodução Proibida Vivendo a arte! Descobrindo a arte! E redescobrindo... Créditos da foto: Biblioteca de Mirandópolis, via Google Imagens Neta de japoneses, seus avós paternos eram de Nagano e os maternos de Fukushima, no Japão. Paulista de Mirandópolis, Lucille Kanzawa teve a vida centrada nos ensinamentos de seu pai, Dr. Yoshito Kanzawa, que nasceu em Alianças, zona rural do município. O pai e a mãe, Miye, são nisseis. Espírito aventureiro, iluminada pelo dom da arte e holofotes, enorme sede de sabedoria... Buscou e encontrou... aprendeu... conheceu! Uniu o que buscou, aprendeu e conheceu ao seu dom e às artes, à riqueza de suas origens.
Os pais de Yoshito Kanzawa chegaram ao Brasil na década de 1920. Formou-se em Medicina pela UFRJ e fez residência médica nos EUA durante 4 anos. Casou-se com Miye Anze e teve os filhos Linus, Lucille e Lucas. Ocupou vários cargos importantes e teve pa…
Toda cultura tem um pouco de superstição.
Números tem considerável importância, tendo os da sorte e do azar.
No Japão, os números 4 (pronunciado "shi") e 9 (pronunciado "ku") são considerados de azar, por causa da pronúncia. "Shi" significa, também, morte e "ku", agonia ou tortura.
7 é um número auspicioso em quase todos os países do mundo, não sendo exceção no Japão. Este número é incluído em vários termos, por exemplo: 7 maravilhas do mundo, 7 pecados mortais, 7 virtudes, 7 mares, 7 dias da semana, 7 cores, 7 anões, etc...
Budistas acreditam em 7 reencarnações.
Japoneses comemoram o sétimo dia após o nascimento de um bebê e, assim, como os cristãos realizam culto uma semana após a morte e, novamente, depois de 7 semanas.
Não descobri a razão, mas não é de estranhar porque há 7 deuses da sorte. Shichifukujin (七 福神) significa "Sete Deuses da Sorte", fazem parte da cultura, do folclore japonês e do xintoísmo. Shichi (sete) Fuku (sorte) j…
Também chamados de "guarda-chuvas da fraternidade" e até "guarda-chuvas do amor", entre outros nomes, é uma prática comum em estações de trens e, às vezes, em ônibus e algumas lojas do Japão. Embora seja muito fácil adquirir guarda-chuvas, pois estão à venda em lojas de conveniência, lojas de 100円 e, ainda, em alguns locais em máquinas de vendas automáticas, com preços bem acessíveis, os guarda-chuvas da amizade ou da fraternidade é um empréstimo gratuito de sombrinhas ou guarda-chuvas. Uma forma de ajudar, caso uma chuva repentina peguem usuários desprevenidos e, também, para que as pessoas não se apoderem de guarda-chuvas de terceiros, abandonando em qualquer lugar. Em algumas cidades, existe o sistema de empréstimo gratuito em ônibus; utilizando-se de guarda-chuvas esquecidos depois de um longo prazo ou alguns anos.
Nem todos os porta guarda-chuvas são disponíveis para empréstimo, portanto verifique sempre se é o serviço gratuito de empréstimo, uma vez que porta-gu…
Dando continuidade à postagem <<< clique no link, se não leu sobre Kongoji e a Colina dos Amantes, o assunto é a ilha de Takeshima, em Gamagori, província de Aichi. A ilha de Takeshima é símbolo de Gamagori, situada na baía de Mikawa. Tesouro nacional japonês, a ilha tem área de 19.000 m2, com 620 metros de circunferência. Quase uma floresta, completamente arborizada, tem nada menos que 238 espécies de plantas identificadas.
Através de um grande parque, o continente está ligado à ilha, pelo Takeshima-bashi ou Takeshima Bridge, que tem 387 metros de extensão. Dizem que Takeshima-bashi é a ponte que leva ao casamento.
Por isso, recomendam que casais caminhem ao longo da ponte de mãos dadas. A adoração no santuário antigo, localizado no topo da ilha, proporciona sorte no casamento e no parto. Um torii, portal xintoísta - o único sobre uma ponte no Japão. A ilha é pequena e muito relaxante, onde se pode apreciar a natureza. Além da relaxante atmosfera, é bastante inspiradora.
Da ilha s…
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foi um dos Templos de que mais gostei por causa do silêncio e da calma que aí reinavam nesse fim dum dia de Abril 2011 em companhia de amigos japoneses que aí moram...
Eu quero voltar lá, mas nada há de mais incerto...
Muito obrigada por me trazer hoje esta lembrança á superfície que me comoveu ...
Beijos ❤