Flower of Japan: Homenagem do Brasil e da França ao povo japonês
Homenagens, apoios, carinho são prestados do mundo todo ao querido povo japonês, que mais uma vez dá exemplos de civilidade, respeito, determinação, superação.
Com esses mesmos sentimentos, recebi uma simpática mensagem de Heber Lobato Jr, da Televisual, o clipe e a história sobre um projeto em que, duas nações em diferentes continentes, homenageiam o povo japonês, com imagens das cerejeiras da cidade de Petrópolis (RJ) e da música criada por um compositor e pianista francês.
Brasil e França unidos numa homenagem ao Japão filmada em Petrópolis Em uma pequena cidade perto de Lyon na França, um compositor se sensibiliza com a tragédia do grande terremoto no Japão e começa a compor uma música.
No Brasil, a florada da cerejeira, no começo do inverno em Petrópolis – cidade histórica da Região Serrana do estado do Rio de Janeiro - inspira uma dupla de cineastas a transformar a flor símbolo do Japão em uma homenagem ao povo japonês, algo que eles idealizavam há meses. Em cada um dos lados do Atlântico, trabalharam simultaneamente com o mesmo propósito, cada qual em sua arte, mas sem que um soubesse do outro. Isso até o dia em que o compositor resolve mandar para os cineastas a sua composição. Desse encontro nasce a história do clip “Flower of Japan”, produção da Televisual Filmes com música do pianista e compositor francês Sylvain Guinet, que acaba de ser lançado na internet.
- “Foi realmente algo extraordinário – diz Heber Lobato Jr., Diretor de Criação da Televisual. Uma sincronicidade sem explicação. Já tinhámos gravado a florada das cerejeiras próximo ao Palácio Quitandinha e decidido que ela seria o símbolo da homenagem que desejávamos prestar aos japoneses. Resolvemos então produzir uma versão moderna do milenar tema folclórico japonês: Sakura. Justo na semana em que estávamos concluindo a produção musical, chega um e-mail do Sylvain mostrando sua linda composição e contando a história da música. Não acreditei! Na mesma hora ouvimos o tema e entramos em contato com o Sylvain propondo que sua música fosse a trilha do nosso clip”.
Apesar dessa afinidade, o compositor e pianista francês e a equipe da Televisual nunca se encontraram. “Nos falamos algumas vezes no You Tube por conta de um apreciar o trabalho do outro através da internet. Porém, nunca conversamos sobre qualquer parceria de forma profissional. Era apenas mútua admiração artística. Por isso, ficamos tão positivamente surpresos”, conta Marcelo Filgueiras, diretor de Produção da Televisual. Um conceito simples, uma música romântica Sylvain Guinet nasceu em 1978 em Macon, na França. Começou cedo na música. Aprendeu em um órgão eletrônico de dois teclados, evoluindo até participar em competições de instrumentos na França e outros países da Europa. Passou pelos sintetizadores até seus pais herdarem um piano verdadeiramente especial. Os estudos seguiram e, aos poucos, foi prevalecendo em Sylvain a arte de compôr. “Meu trabalho de composição é, provavelmente, muito diferente do método de outros compositores. Quando comecei a tocar, mergulhei nas peças de Mozart. Já na adolescência, me inclinei para as composições de Chopin. Posso dizer que não me aprisiono na teoria musical. Componho nota por nota, colcheia por colcheia, traduzindo o que sinto, o que ouço…o que me inspira. É o que eu chamo de música ditada pelo coração e não pela mente. A música que eu escrevo é essencialmente romântica, um estilo poético que me permite mais facilmente comunicar emoções”. As composições de Sylvain Guinet são hoje executadas por grandes pianistas como Franco Di Nitto(Bélgica), Haruko Uehara (Japão) e Thang Dinh (EUA).
Sobre “Flower of Japan”, Sylvain Guinet explica de onde veio a inspiração:
- “Escrevi esta música durante o desastre do Japão. Porém, eu não acho que seja um tema triste, pois procurei expressar a esperança e a força deste país que tem o poder de superar as maiores adversidades. Um País exemplar. A melodia é basicamente romântica. Espero que apreciem”.
A Televisual Filmes é uma produtora sediada em Petrópolis, com mais de 20 anos de atividade em produção de cinema, tv e publicidade. Segundo Heber Lobato Jr., que dirigiu o clip, essa música foi fundamental para guiar a intenção das cenas. “Nossa idéia foi muito simples. A florada da cerejeira representa uma perfeita analogia da contribuição do indivíduo para a sua coletividade, algo que é marcante no povo japonês. Ao longe, admiramos aquelas árvores lindas, com uma profusão de cachos coloridos. Quanto mais nos aproximamos, percebemos que o efeito é o resultado da união harmônica de centenas de pequenas e frágeis flores. Foi isso o que procuramos mostrar no clip da maneira mais natural possível. E é claro: com o fundamental suporte da música linda do Sylvain a nos emocionar o tempo todo”.
Eu também fiz homenagem usando a cerejeira no meu avatar, só que o vídeo ficou muito mais bonito. Como disse a Leh, quem fez essa obra tem os mesmos sentimentos. O vídeo é um caso do acaso com final lindo e feliz: uma obra prima. Parabéns aos envolvidos. Bjos Leh
Toda vez que organizamos armários e gavetas, encontramos muitas roupas seminovas, sem uso, e até das que não se lembrava mais. Roupas de crianças, em perfeito estado, que não servem mais, peças novas, semi novas, de pouco uso. O que fazer com elas?
No Japão, deparamos com este problema: a quem doar. Existem lojas que compram calçados, vestuário e acessórios usados, mas nem sempre tem interesse nas peças, além do baixo preço oferecido. Doar dá uma sensação muito melhor do que vender a preço baixo.
O Japão é um país que recicla há muitos anos e leva muito a sério. Em cidades como Nagoya, basta colocar as roupas em sacos brancos. As roupas serão recicladas para diversos usos, como panos de limpeza ou enviadas aos países pobres. Campanhas ou grupos de ajuda solicitando roupas usadas aparecem vez ou outra em redes sociais. Algumas instituições religiosas, igrejas católicas, evangélicas, espíritas, aceitam para repassar aos necessitados. A preferência tem sido para roupas de inverno, masculina…
Está chegando a primavera. É quando as belas e parecidas flores rosas começam a desabrochar, uma atrás da outra, a primeira em fevereiro, a segunda em março e, no final de março até abril, as cerejeiras. Lembrando que o clima pode interferir nas previsões, antecipando ou atrasando a florescência.
Também começam as confusões com a identificação ou com o nome das flores, pelas cores e algumas semelhanças.
Saiba como identificar essas 3 belas flores, ligeiramente parecidas:
- Ameixeira - Ume 梅
A primeira a florescer é a ameixeira. Particularmente, dessas 3 flores, gosto mais da ameixeira.
O período de florescência previsto das ameixeiras é o mês de fevereiro.
Ameixeiras não tem caule e as flores brotam diretamente dos ramos. Cada junta no botão tem apenas uma flor e é relativamente espaçoso. As pétalas são arredondadas.
- Pessegueiro - Momo 桃 A previsão de florescimento é março, como todas as flores. As árvores do pessegueiro são mais baixas, geralmente apresentam este formato. As flores cr…
Ouvia muitas lendas na infância e o gosto por este tipo de leitura até hoje me encanta.
"A tecelã de nuvens" é uma das mais bonitas lendas japonesas e - embora muitos conheçam - compartilho aos que ainda não tiveram essa oportunidade.
A tecelã de nuvens
Há muito tempo atrás, na terra do sol nascente, um jovem agricultor, chamado Sei, estava preparando suas terras para o plantio.
Sozinho no mundo e muito triste, pois a mãe, que era tecelã, havia falecido recentemente e não havia ninguém para ajudá-lo nessa tarefa.
Eis que estava ele semeando e, de repente, viu uma cobra rastejando no chão. Sei percebeu que a cobra deslizou firmemente em direção a uma moita de crisântemos, onde havia uma aranha suspensa por um fio de seda da teia. A aranha fez Sei lembrar da mãe - pequena e indefesa - e imediatamente levou a cobra para bem longe com seu ancinho.
A aranha, surpresa com a bondade de Sei, olhou para ele. Sei nunca percebeu, pois além da aranha ser pequena, ele havia retornado ao t…
Se você pensa que só o Brasil usa as garrafas pet através de alguma lenda, está enganado.
Isso acontece em vários países de primeiro mundo, inclusive no Japão.
Este assunto é mais uma das postagens que estava em rascunho por alguns anos, desde que passei por estas casas e descobri pra que serviam essas garrafas.
O tempo passou, o assunto acabou esquecido, até que postei sobre esses baldes de água dispostos em alguns bairros de algumas cidades, muito visto em Arashiyama, em Kyoto, inclusive nos jardins do Heian Jinja.
Esses baldes com água, escritos 消火用, ou Shōka-yō, balde para combate a incêndios, são utilizados para auxiliar em princípios ou focos iniciais de incêndios, para que não se propaguem.
A colocação dos baldes depende de cada associação de bairro, não sendo, portanto, obrigatória, e visto em pouquíssimas cidades.
Na minha opinião - esclarecendo bem que é apenas uma opinião, não consultei ninguém do Corpo de Bombeiros - servem para atender aos nossos instintos iniciais quand…
Apesar de, inicialmente, milhares de pessoas assinassem contra a construção, devido à questão ambiental, o parque temático de dinossauros, Dino Adventure Nagoya, foi inaugurado em julho do ano passado (2016), junto ao Odaka Ryokuchi, localizado em Sakyoyama, Nagoya. A resposta dada, quanto à questão ambiental, é que fora previamente analisada, sem causar danos ou prejuízo. Dino Adventure é um parque temático que contém 18 réplicas de dinossauros, com sons e movimentos para aguçar ainda mais a curiosidade. O som é obtido a partir de um sensor, indicado na foto acima. Muitas réplicas são enormemente assustadoras, como se pode perceber nas fotos acima e abaixo.
Esses abaixo parecem sorrir... Em Gujo, Gifu, já existe um parque semelhante, porém os visitantes circulam de carrinho, um percurso que dura 20 minutos. Em Nagoya, o trajeto é feito a pé. Após adentrar a rota, que é mão única, não pode ser retornada. Portanto, aproveite bem o tempo, aprecie, fotografe ou filme tudo que tiver direito. M…
Já havia comentado superficialmente sobre yakudoshi - idades consideradas de má sorte pelos japoneses, segundo uma crença - nesta >>> postagem e não havia feito uma exclusiva sobre o assunto, até porque existem toneladas de informações pela net. No entanto, a pedido de um amigo da fanpage, puxei um antigo rascunho do fundo da gaveta. Yakudoshi se refere às idades perigosas, antiga crença com origem no período Heian. Uma superstição baseada em trocadilhos, fundamentados na pronúncia dos números com significados ruins. Nos tempos antigos, outras idades eram incluídas como desfavoráveis. Yaku, se traduz como infortúnio ou má sorte e, doshi, consoante alterada devido à junção da palavra toshi, que significa ano. Se procurarmos pela tradução da palavra Yakudoshi no Google, aparece a palavra climatério. Embora não haja muita informação, encontrei este significado para o climatério masculino: "homem no intervalo dos 40 aos 41 anos". A explicação do Dr.Drauzio Varella para o c…
Além-mares... pelos ares ... até um kibutz fez parte de sua vida.
Foto de Lucille Kanzawa(Comunidade Yuba) - Reprodução Proibida Vivendo a arte! Descobrindo a arte! E redescobrindo... Créditos da foto: Biblioteca de Mirandópolis, via Google Imagens Neta de japoneses, seus avós paternos eram de Nagano e os maternos de Fukushima, no Japão. Paulista de Mirandópolis, Lucille Kanzawa teve a vida centrada nos ensinamentos de seu pai, Dr. Yoshito Kanzawa, que nasceu em Alianças, zona rural do município. O pai e a mãe, Miye, são nisseis. Espírito aventureiro, iluminada pelo dom da arte e holofotes, enorme sede de sabedoria... Buscou e encontrou... aprendeu... conheceu! Uniu o que buscou, aprendeu e conheceu ao seu dom e às artes, à riqueza de suas origens.
Os pais de Yoshito Kanzawa chegaram ao Brasil na década de 1920. Formou-se em Medicina pela UFRJ e fez residência médica nos EUA durante 4 anos. Casou-se com Miye Anze e teve os filhos Linus, Lucille e Lucas. Ocupou vários cargos importantes e teve pa…
Toda cultura tem um pouco de superstição.
Números tem considerável importância, tendo os da sorte e do azar.
No Japão, os números 4 (pronunciado "shi") e 9 (pronunciado "ku") são considerados de azar, por causa da pronúncia. "Shi" significa, também, morte e "ku", agonia ou tortura.
7 é um número auspicioso em quase todos os países do mundo, não sendo exceção no Japão. Este número é incluído em vários termos, por exemplo: 7 maravilhas do mundo, 7 pecados mortais, 7 virtudes, 7 mares, 7 dias da semana, 7 cores, 7 anões, etc...
Budistas acreditam em 7 reencarnações.
Japoneses comemoram o sétimo dia após o nascimento de um bebê e, assim, como os cristãos realizam culto uma semana após a morte e, novamente, depois de 7 semanas.
Não descobri a razão, mas não é de estranhar porque há 7 deuses da sorte. Shichifukujin (七 福神) significa "Sete Deuses da Sorte", fazem parte da cultura, do folclore japonês e do xintoísmo. Shichi (sete) Fuku (sorte) j…
Também chamados de "guarda-chuvas da fraternidade" e até "guarda-chuvas do amor", entre outros nomes, é uma prática comum em estações de trens e, às vezes, em ônibus e algumas lojas do Japão. Embora seja muito fácil adquirir guarda-chuvas, pois estão à venda em lojas de conveniência, lojas de 100円 e, ainda, em alguns locais em máquinas de vendas automáticas, com preços bem acessíveis, os guarda-chuvas da amizade ou da fraternidade é um empréstimo gratuito de sombrinhas ou guarda-chuvas. Uma forma de ajudar, caso uma chuva repentina peguem usuários desprevenidos e, também, para que as pessoas não se apoderem de guarda-chuvas de terceiros, abandonando em qualquer lugar. Em algumas cidades, existe o sistema de empréstimo gratuito em ônibus; utilizando-se de guarda-chuvas esquecidos depois de um longo prazo ou alguns anos.
Nem todos os porta guarda-chuvas são disponíveis para empréstimo, portanto verifique sempre se é o serviço gratuito de empréstimo, uma vez que porta-gu…
Dando continuidade à postagem <<< clique no link, se não leu sobre Kongoji e a Colina dos Amantes, o assunto é a ilha de Takeshima, em Gamagori, província de Aichi. A ilha de Takeshima é símbolo de Gamagori, situada na baía de Mikawa. Tesouro nacional japonês, a ilha tem área de 19.000 m2, com 620 metros de circunferência. Quase uma floresta, completamente arborizada, tem nada menos que 238 espécies de plantas identificadas.
Através de um grande parque, o continente está ligado à ilha, pelo Takeshima-bashi ou Takeshima Bridge, que tem 387 metros de extensão. Dizem que Takeshima-bashi é a ponte que leva ao casamento.
Por isso, recomendam que casais caminhem ao longo da ponte de mãos dadas. A adoração no santuário antigo, localizado no topo da ilha, proporciona sorte no casamento e no parto. Um torii, portal xintoísta - o único sobre uma ponte no Japão. A ilha é pequena e muito relaxante, onde se pode apreciar a natureza. Além da relaxante atmosfera, é bastante inspiradora.
Da ilha s…
Comentários
muitos girassóis.
beijos
Abraços
O vídeo é um caso do acaso com final lindo e feliz: uma obra prima.
Parabéns aos envolvidos.
Bjos Leh