O nome do blog "Vidasemvoltas" mudou para Japão Cultura e Turismo
A arte contada em arte, por Lucille Kanzawa
Além-mares... pelos ares ... até um kibutz fez parte de sua vida.
Neta de japoneses, seus avós paternos eram de Nagano e os maternos de Fukushima, no Japão.
Paulista de Mirandópolis, Lucille Kanzawa teve a vida centrada nos ensinamentos de seu pai, Dr. Yoshito Kanzawa, que nasceu em Alianças, zona rural do município. O pai e a mãe, Miye, são nisseis.
Espírito aventureiro, iluminada pelo dom da arte e holofotes, enorme sede de sabedoria...
Buscou e encontrou... aprendeu... conheceu!
Uniu o que buscou, aprendeu e conheceu ao seu dom e às artes, à riqueza de suas origens.
Os pais de Yoshito Kanzawa chegaram ao Brasil na década de 1920.
Formou-se em Medicina pela UFRJ e fez residência médica nos EUA durante 4 anos.
Casou-se com Miye Anze e teve os filhos Linus, Lucille e Lucas.
Ocupou vários cargos importantes e teve passagem pelo Palácio Imperial do Japão, sendo recebido pelo Imperador Akihito.
Dr.Yoshito Kanzawa fincou suas raizes em Mirandópolis, interior paulista, perto de Bauru, onde dentre suas ações filantrópicas fez vários atendimentos gratuitos.
Lucille teve toda uma vida envolta ao fascínio, desde criança.
Estudou piano, formou-se pela Unibero (SP) como tradutora-intérprete.
Morou no Alasca, através do intercâmbio cultural do Rotary Club, entidade de serviços sociais.
Quis aprender outros idiomas e mudou-se para a Alemanha, depois para a França.
Canudos em mãos, foi parar em kibutz, em Israel, onde veio a experiência em comunidade.
Voltou ao Brasil, mas quis continuar viajando e tornou-se comissária de bordo.
Voou pelo mundo, registrou tudo, fatos e imagens. Mas a arte da fotografia não é para qualquer um. Não basta dar um clic, tem que ter dom, sensibilidade...
Assim, passou a fotografar, produzir imagens belas e profundas.
Frequentou o Grupo Luminous de Fotografia e assim, expondo suas obras em importantes exposições.
Recebeu prêmios, e a Menção Honrosa no I Concurso Riguardare de Fotografia “Um olhar atento sobre São Paulo” e foi selecionada para participar do projeto POVOS DE SÃO PAULO. Recebeu prêmios relevantes no gênero.
A fotografia lhe deu mais oportunidades e conheceu cerca de 50 países.
Parte de suas obras fotográficas estão neste site.
Foi colaboradora da extinta revista Caminhos da TERRA, onde publicou matérias como Mianmar, Marrocos e Índia. Sua última grande viagem, a Transiberiana, rendeu matéria de capa.
Lucille escrevia sobre países exóticos para a Revista, até que um dia lhe pediram uma sugestão de pauta.
Aí começou a relação Lucille e Yuba. Ela mostrou o material que tinha sobre a Comunidade Yuba. Os editores ficaram extremamente entusiasmados, sugerindo um livro.
"A propriedade privada tornou-nos tão estúpidos e limitados que um objeto só é nosso quando o possuímos" (Karl Marx)
"As leis são sempre úteis aos que têm posses e nocivas aos que nada têm."(Jean Jacques Rousseau)
Igualdade, solidariedade e impositivdade eram os princípios básicos de Karl Marx, que desenvolveu a teoria socialiasta, contra o capitalismo.
Liberdade e igualdade de direitos e deveres políticos, educação e sistema econômico e financeiro combinando com os recursos da propriedade pública eram os princípios básicos de Rousseau.
Uma história verdadeira, baseada nos princípios de Marx e Rousseau, assim é a Comunidade Yuba.
Se os caminhos percorridos por Lucille são fascinantes, uma convivência desde criança também é.
Desde a infância, Lucille conviveu com uma comunidade denominada Yuba, liderada por Issamu Yuba, no interior paulista de Mirandópolis, na zona rural denominado Alianças, onde seu pai nasceu, cujo objetivo comunitário visa a arte.
Acompanhando o pai, Dr. Yoshito kanzawa, frequentou o universo Yuba, que prestou assistência médica gratuita à comunidade. Desde 2004 vem desenvolvendo um trabalho documental sobre a comunidade Yuba, com cujas imagens conquistou alguns prêmios e realizou exposições individuais nos seguintes espaços: Caixa Cultural de São Paulo, Caixa Cultural de Brasília, Assembleia Legislativa de São Paulo, Pinacoteca do Estado de São Paulo e Galeria Pierre Verger, em Salvador.
Por Lucille Kanzawa:
Comunidade Yuba
“Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia”
(Leon Tolstoi)
Quando o telefone tocava e do outro lado da linha se ouvia um incompreensível japonês, eu logo deduzia que era alguém da comunidade à procura de meu pai. E lá ia ele, com sua maleta marrom, roupa branca impecável e uma admirável disposição. Tudo em nome de uma amizade que o fio do tempo e da memória nunca apagou.
Nossa história começou com meus avós paternos, Hisakichi e Kikuyo.
Quando Isamu Yuba chegou à Aliança, em 1926, a região já era ocupada por várias famílias japonesas, a maioria da província de Nagano. Lá viviam meus avós, e Yuba-san era assíduo frequentador da casa. Ia sempre a cavalo, ao entardecer, e passava horas falando de seus sonhos.
Quem também morava na vizinhança era Hama, e para ela Kikuyo era uma espécie de conselheira, uma irmã mais velha. Minha avó era uma mulher culta e alinhada, que tocava piano, jogava tênis e já estava bem familiarizada com o Brasil. Logo a casa dos Kanzawa passou a servir de ponto de encontro para Isamu e Hama, que acabaram se casando e a aliança entre as duas famílias foi definitivamente selada com meus avós como padrinhos.
Diz o texto sagrado que “Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele fica só. Mas, se morre, produz muito fruto”.
A morte, grande inimiga, levou minha avó ainda muito jovem, quando meu pai, Yoshito, era criança, mas um pedido já ficara como semente: que ele se tornasse médico e fosse útil à humanidade.
Carentes de amor materno, os irmãos Yoshito, Hiromu e Minako encontraram em Hama e Otami (amiga de Hama) suas segundas mães.
Médico formado, o filho da terra voltou para cumprir o seu destino. A cada nova oportunidade que surgia em seu caminho, eis que vinha Yuba-san com seu discurso: “Lá fora já há profissionais demais. É aqui que precisam de você!” E assim fomos ficando na pequena Mirandópolis, cidade onde nasci.
Quando criança, a estrada que nos conduzia até a comunidade ainda era de terra e tudo parecia próximo, mas ao mesmo tempo muito distante: o idioma familiar que não entendia e um tipo de vida que não conseguia imaginar para mim.
Éramos sempre recebidos com festa e uma mútua admiração. Em suas botas e chapéu Panamá, Yuba-san era imponente no seu modo de se vestir e falar. Sentava-se na ponta da longa mesa de madeira, como todo chefe de família e, ao seu lado, sempre um lugar reservado para meu pai. Humanistas, cultivavam os mesmos valores e a mesma grande paixão pelas artes. Sem compreender uma só palavra do que falavam, ficava claro para mim que troca, gratidão e reconhecimento permeariam para sempre as nossas vidas. Das terras de Yuba, ovos e verduras até hoje chegam semanalmente à nossa mesa e obras de Hisao Ohara, escultor que por quase três décadas morou na comunidade, enfeitam o jardim de nossa casa – presentes do artista por cada filho que nasceu pelas mãos sábias de meu pai. O mesmo jardim onde os dois amigos passavam horas filosofando, tudo em japonês, embalados por generosas doses de whisky. Com Ohara, eu e meus irmãos começamos a entender o verdadeiro significado de arte.
Entrevista de Lucille Kanzawa à Globo News:
"Aqui construirei uma nova vida". (Isamu Yuba, em 1935)
"Cultivar a terra, orar e amar a arte".
Ballet da Comunidade Yuba:
Mais sobre a Comunidade Yuba
Em maio deste ano, Lucille publicou o livro YUBA, pela editora Terra Virgem, com apoio institucional da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura.
O lançamento do livro, na Pinacoteca do Estado, foi abrilhantado pelo ballet da comunidade Yuba.
Lucille dedicou seu livro ao seu pai, Dr. Yoshito Kanzawa:
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Foto de Lucille Kanzawa(Comunidade Yuba) - Reprodução Proibida
Vivendo a arte! Descobrindo a arte! E redescobrindo...
Créditos da foto: Biblioteca de Mirandópolis, via Google Imagens

Paulista de Mirandópolis, Lucille Kanzawa teve a vida centrada nos ensinamentos de seu pai, Dr. Yoshito Kanzawa, que nasceu em Alianças, zona rural do município. O pai e a mãe, Miye, são nisseis.
Espírito aventureiro, iluminada pelo dom da arte e holofotes, enorme sede de sabedoria...
Buscou e encontrou... aprendeu... conheceu!
Uniu o que buscou, aprendeu e conheceu ao seu dom e às artes, à riqueza de suas origens.
Os pais de Yoshito Kanzawa chegaram ao Brasil na década de 1920.
Formou-se em Medicina pela UFRJ e fez residência médica nos EUA durante 4 anos.
Casou-se com Miye Anze e teve os filhos Linus, Lucille e Lucas.
Ocupou vários cargos importantes e teve passagem pelo Palácio Imperial do Japão, sendo recebido pelo Imperador Akihito.
Dr.Yoshito Kanzawa fincou suas raizes em Mirandópolis, interior paulista, perto de Bauru, onde dentre suas ações filantrópicas fez vários atendimentos gratuitos.
Estudou piano, formou-se pela Unibero (SP) como tradutora-intérprete.
Morou no Alasca, através do intercâmbio cultural do Rotary Club, entidade de serviços sociais.
Quis aprender outros idiomas e mudou-se para a Alemanha, depois para a França.
Canudos em mãos, foi parar em kibutz, em Israel, onde veio a experiência em comunidade.
Voltou ao Brasil, mas quis continuar viajando e tornou-se comissária de bordo.
Voou pelo mundo, registrou tudo, fatos e imagens. Mas a arte da fotografia não é para qualquer um. Não basta dar um clic, tem que ter dom, sensibilidade...
Assim, passou a fotografar, produzir imagens belas e profundas.
Frequentou o Grupo Luminous de Fotografia e assim, expondo suas obras em importantes exposições.
Recebeu prêmios, e a Menção Honrosa no I Concurso Riguardare de Fotografia “Um olhar atento sobre São Paulo” e foi selecionada para participar do projeto POVOS DE SÃO PAULO. Recebeu prêmios relevantes no gênero.
A fotografia lhe deu mais oportunidades e conheceu cerca de 50 países.
Parte de suas obras fotográficas estão neste site.
Foi colaboradora da extinta revista Caminhos da TERRA, onde publicou matérias como Mianmar, Marrocos e Índia. Sua última grande viagem, a Transiberiana, rendeu matéria de capa.
Lucille escrevia sobre países exóticos para a Revista, até que um dia lhe pediram uma sugestão de pauta.
Aí começou a relação Lucille e Yuba. Ela mostrou o material que tinha sobre a Comunidade Yuba. Os editores ficaram extremamente entusiasmados, sugerindo um livro.
"A propriedade privada tornou-nos tão estúpidos e limitados que um objeto só é nosso quando o possuímos" (Karl Marx)
"As leis são sempre úteis aos que têm posses e nocivas aos que nada têm."(Jean Jacques Rousseau)
Igualdade, solidariedade e impositivdade eram os princípios básicos de Karl Marx, que desenvolveu a teoria socialiasta, contra o capitalismo.
Liberdade e igualdade de direitos e deveres políticos, educação e sistema econômico e financeiro combinando com os recursos da propriedade pública eram os princípios básicos de Rousseau.
Uma história verdadeira, baseada nos princípios de Marx e Rousseau, assim é a Comunidade Yuba.
Se os caminhos percorridos por Lucille são fascinantes, uma convivência desde criança também é.
Desde a infância, Lucille conviveu com uma comunidade denominada Yuba, liderada por Issamu Yuba, no interior paulista de Mirandópolis, na zona rural denominado Alianças, onde seu pai nasceu, cujo objetivo comunitário visa a arte.
Acompanhando o pai, Dr. Yoshito kanzawa, frequentou o universo Yuba, que prestou assistência médica gratuita à comunidade. Desde 2004 vem desenvolvendo um trabalho documental sobre a comunidade Yuba, com cujas imagens conquistou alguns prêmios e realizou exposições individuais nos seguintes espaços: Caixa Cultural de São Paulo, Caixa Cultural de Brasília, Assembleia Legislativa de São Paulo, Pinacoteca do Estado de São Paulo e Galeria Pierre Verger, em Salvador.
Por Lucille Kanzawa:
Comunidade Yuba
“Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia”
(Leon Tolstoi)
Quando o telefone tocava e do outro lado da linha se ouvia um incompreensível japonês, eu logo deduzia que era alguém da comunidade à procura de meu pai. E lá ia ele, com sua maleta marrom, roupa branca impecável e uma admirável disposição. Tudo em nome de uma amizade que o fio do tempo e da memória nunca apagou.
Nossa história começou com meus avós paternos, Hisakichi e Kikuyo.
Quando Isamu Yuba chegou à Aliança, em 1926, a região já era ocupada por várias famílias japonesas, a maioria da província de Nagano. Lá viviam meus avós, e Yuba-san era assíduo frequentador da casa. Ia sempre a cavalo, ao entardecer, e passava horas falando de seus sonhos.
Quem também morava na vizinhança era Hama, e para ela Kikuyo era uma espécie de conselheira, uma irmã mais velha. Minha avó era uma mulher culta e alinhada, que tocava piano, jogava tênis e já estava bem familiarizada com o Brasil. Logo a casa dos Kanzawa passou a servir de ponto de encontro para Isamu e Hama, que acabaram se casando e a aliança entre as duas famílias foi definitivamente selada com meus avós como padrinhos.
Diz o texto sagrado que “Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele fica só. Mas, se morre, produz muito fruto”.
A morte, grande inimiga, levou minha avó ainda muito jovem, quando meu pai, Yoshito, era criança, mas um pedido já ficara como semente: que ele se tornasse médico e fosse útil à humanidade.
Carentes de amor materno, os irmãos Yoshito, Hiromu e Minako encontraram em Hama e Otami (amiga de Hama) suas segundas mães.
Médico formado, o filho da terra voltou para cumprir o seu destino. A cada nova oportunidade que surgia em seu caminho, eis que vinha Yuba-san com seu discurso: “Lá fora já há profissionais demais. É aqui que precisam de você!” E assim fomos ficando na pequena Mirandópolis, cidade onde nasci.
Quando criança, a estrada que nos conduzia até a comunidade ainda era de terra e tudo parecia próximo, mas ao mesmo tempo muito distante: o idioma familiar que não entendia e um tipo de vida que não conseguia imaginar para mim.
Éramos sempre recebidos com festa e uma mútua admiração. Em suas botas e chapéu Panamá, Yuba-san era imponente no seu modo de se vestir e falar. Sentava-se na ponta da longa mesa de madeira, como todo chefe de família e, ao seu lado, sempre um lugar reservado para meu pai. Humanistas, cultivavam os mesmos valores e a mesma grande paixão pelas artes. Sem compreender uma só palavra do que falavam, ficava claro para mim que troca, gratidão e reconhecimento permeariam para sempre as nossas vidas. Das terras de Yuba, ovos e verduras até hoje chegam semanalmente à nossa mesa e obras de Hisao Ohara, escultor que por quase três décadas morou na comunidade, enfeitam o jardim de nossa casa – presentes do artista por cada filho que nasceu pelas mãos sábias de meu pai. O mesmo jardim onde os dois amigos passavam horas filosofando, tudo em japonês, embalados por generosas doses de whisky. Com Ohara, eu e meus irmãos começamos a entender o verdadeiro significado de arte.
Entrevista de Lucille Kanzawa à Globo News:
"Aqui construirei uma nova vida". (Isamu Yuba, em 1935)
"Cultivar a terra, orar e amar a arte".
Ballet da Comunidade Yuba:
Mais sobre a Comunidade Yuba
Em maio deste ano, Lucille publicou o livro YUBA, pela editora Terra Virgem, com apoio institucional da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura.

Lucille dedicou seu livro ao seu pai, Dr. Yoshito Kanzawa:
"Ao meu pai, Yoshito,Lucille pretende lançar um outro livro, desta vez contando as aventuras que viveu em suas andanças pelo mundo:
Que aos 5 anos perdeu a mãe. Aos 11 foi para São Paulo com o irmão Hiromu estudar e trabalhar num internato rural. Aos 23 formou-se médico. Foi então para os Estados Unidos fazer residência e voltou quatro anos depois como cirurgião geral.
Foi Oficial de Cavalaria, violinista, vereador, professor, diretor de hospital, presidente de clubes e entidades.
Grande amante da literatura e das artes, especialmente da música clássica, conheceu o mundo através dos livros. Mas sua paixão mesmo sempre foi a medicina.
Costumava dizer que havia estudado para salvar vidas, não para ganhar dinheiro.
Durante 44 anos prestou assistência médica gratuita à Comunidade Yuba e a todos que dele precisaram.
Por sua carreira e gestos humanitários foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Humanístico, recebendo o título de Comendador, foi recepcionado no Japão pelo então príncipe Akihito como um dos nisseis ilustres da América Latina, e tem sua biografia publicada em enciclopédias britânicas e americanas como “Who´s Who in the World” (“Quem é Quem no Mundo”), “Men and Women of Distinction” ( “Homens e Mulheres de Distinção”) e “The International Who´s Who of Intellectuals“ (“Quem é Quem entre os Intelectuais Internacional”).
Trocou a oportunidade de ir trabalhar nos Estados Unidos, na Suíça e em grandes cidades brasileiras, pela vida simples de Mirandópolis.
Foi meu mestre e meu guia. Mostrou-me o melhor caminho e a melhor forma de viver.
Partiu em março de 2005, ao som de Brahms, como queria, e de “Aleluia”, de Haendel, nas vozes dos Yubas, como a vida assim desejou.
Por tudo que fiz e pelo que sou, minha eterna gratidão."
"Tenho umas histórias malucas para contar - além de ter ido morar no Alasca ao 17 anos, já entrei em várias roubadas por causa de meu espírito aventureiro. A pior delas foi em Mianmar, antiga Birmânia, onde peguei uma infecção e fiquei um mês internada entre a vida e a morte. Eu praticamente conheci o país na cama de um hospital. Foi graças às histórias que ouvi lá que comecei a publicar na TERRA. Este episódio já rende um bom capítulo." conclui Lucille.
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Comentários
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Parabéns por mais uma excelente matéria!
Fraternalmente,
LISON.
Nossa que especial, nem imaginava, nem conhecia e agora fiquei encantada e apaixonada!
Obrigada por compartilhar informações tão preciosas e especiais!
bjinhus
Nossa que especial, nem imaginava, nem conhecia e agora fiquei encantada e apaixonada!
Obrigada por compartilhar informações tão preciosas e especiais!
bjinhus
maravilhosa a materia sobre a comunidade Yuba, eu particularmente conheço... Parabéns
Sobre a comunidade Yuba, essa matéria é incrível. Tenho amigos que ainda lá vivem, e outros que estão em locais distintos neste vasto mundo.
Parabéns pelo seu trabalho primoroso. Sucesso!!!!