O nome do blog "Vidasemvoltas" mudou para Japão Cultura e Turismo
Em tempo de Natal... coisas que só Deus explica!
Não foi com a queda do Lehman Brothers que tudo começou! Estava perceptível que a crise já estava instalada bem antes. Essa queda foi só uma consequência dos rombos que os grandes países enfrentam.
O que tem a ver isso que eu disse com o título da postagem? Realmente, nada! Na verdade gostaria aqui de contar um pouco da minha trajetória nestas ilhas.
Minha trajetória até aqui tem sido movida pela crise. Dizem que entramos numa batalha pela dor ou por amor. Não sei ao certo, mas para mim foram as duas coisas.
Desde o final do ano passado, passei a carregar a bandeira da solidariedade. Primeiro pela dor sim, afinal meu marido havia sido dispensado do emprego, em função da crise. Foram poucos os demitidos, mas ele trabalhava na linha só de japoneses. Os japoneses são agraciados por serviços mais leves ou setores com menos serviços. Era uma linha que produzia para os Estados Unidos, mas há muito tempo a produção havia baxado.
E foi aí que criei uma Comunidade no Orkut: SOS Desempregados no Japão . Na época, a crise em pico, muitas coisas acontecendo simultaneamente. Nunca foi vista tamanha crise e quanta coisa aprendi.
Apesar de não ser tudo, conheci algumas coisas básicas de normas trabalhistas e também me vi muito impotente. Não poder tomar atitudes pelo fato de sermos estrangeiros e, vinculados a empreiteira, também dependíamos da moradia. Então não pude buscar meios legais, por algumas coisas que fizeram errado com ele, porque as coisas também podiam tomar rumos piores, já que eu continuava na fábrica.
E assim fui, postando e compartilhando com a ajuda dos membros da Comunidade o que ficávamos sabendo, principalmente com relação às vagas.
Infelizmente, não tinha vagas de empregos. A crise gigantesca, acabou com vagas não só para brasileiros, mas até de japoneses. A crise foi aumentando muito! E continuamos juntos nos informando, buscando alternativas para superá-la.
Bem, às vésperas do Natal passado, a comunidade foi matéria da Revista Alternativa, uma das mídias impressas brasileira aqui. Não sabia a importância, mas fui enquadrada no artigo sobre Solidariedade.
Eu saí junto com a matéria do pessoal (brasileiros!) que distribui sopão nas praças de Nagoya.
Surgiram boatos diversos e, lamentavelmente, muitas verdades sobre a crítica situação de brasileiros por estas ilhas. Cada vez mais, a crise tomando conta. Precisava mostrar a todos a situação dos brasileiros destas ilhas, não todos, mas um grande número.
Passei a usar meu perfil no Orkut, que faço até hoje, para mostrar a situação, postando vídeos sobre a crise. Mas isso não me satisfazia. Até que resolvi criar um Canal no YouTube
No Canal solto o meu grito:
Bem, as coisas mudaram um pouco. Após o término do ano fiscal no Japão, alguns empregos voltaram a aparecer.
Já víamos alguns anúncios, as revistas brasileiras também começaram a engrossar anúncios e seus cadernos de empregos. Fábricas estavam readmitindo, alguns retornando ao antigo local de trabalho.
Todos foram afetados pela crise, embora eu estivesse empregada, passei a trabalhar 5 horas por dia, durante 4 dias na semana. Num país em que somos remunerados por horas trabalhadas. Nesse período, aproveitei para fazer alguns atos voluntários. Fiz algumas ajudas moral e financeira.
Deus sempre recompensa àqueles que fazem o bem. Não faço as coisas pensando em ser recompensada, mas senti a mão abençoada, porque meu marido, embora não descendente, nem fala o idioma, ficou apenas 2 meses desempregado.
As consequências da crise ainda acontecem.
O que eu quis mostrar aqui tem seu início na reportagem da revista.
Dia 12 foi minha primeira experiência junto aos homeless japoneses.
Hoje estou efetivamente ao lado desse grupo, em presença e espírito. Do papel para a realidade. A experiência contarei na próxima postagem.
O que tem a ver isso que eu disse com o título da postagem? Realmente, nada! Na verdade gostaria aqui de contar um pouco da minha trajetória nestas ilhas.
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Desde o final do ano passado, passei a carregar a bandeira da solidariedade. Primeiro pela dor sim, afinal meu marido havia sido dispensado do emprego, em função da crise. Foram poucos os demitidos, mas ele trabalhava na linha só de japoneses. Os japoneses são agraciados por serviços mais leves ou setores com menos serviços. Era uma linha que produzia para os Estados Unidos, mas há muito tempo a produção havia baxado.
E foi aí que criei uma Comunidade no Orkut: SOS Desempregados no Japão . Na época, a crise em pico, muitas coisas acontecendo simultaneamente. Nunca foi vista tamanha crise e quanta coisa aprendi.
Apesar de não ser tudo, conheci algumas coisas básicas de normas trabalhistas e também me vi muito impotente. Não poder tomar atitudes pelo fato de sermos estrangeiros e, vinculados a empreiteira, também dependíamos da moradia. Então não pude buscar meios legais, por algumas coisas que fizeram errado com ele, porque as coisas também podiam tomar rumos piores, já que eu continuava na fábrica.
E assim fui, postando e compartilhando com a ajuda dos membros da Comunidade o que ficávamos sabendo, principalmente com relação às vagas.
Infelizmente, não tinha vagas de empregos. A crise gigantesca, acabou com vagas não só para brasileiros, mas até de japoneses. A crise foi aumentando muito! E continuamos juntos nos informando, buscando alternativas para superá-la.
Bem, às vésperas do Natal passado, a comunidade foi matéria da Revista Alternativa, uma das mídias impressas brasileira aqui. Não sabia a importância, mas fui enquadrada no artigo sobre Solidariedade.
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Surgiram boatos diversos e, lamentavelmente, muitas verdades sobre a crítica situação de brasileiros por estas ilhas. Cada vez mais, a crise tomando conta. Precisava mostrar a todos a situação dos brasileiros destas ilhas, não todos, mas um grande número.
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Bem, as coisas mudaram um pouco. Após o término do ano fiscal no Japão, alguns empregos voltaram a aparecer.
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Todos foram afetados pela crise, embora eu estivesse empregada, passei a trabalhar 5 horas por dia, durante 4 dias na semana. Num país em que somos remunerados por horas trabalhadas. Nesse período, aproveitei para fazer alguns atos voluntários. Fiz algumas ajudas moral e financeira.
Deus sempre recompensa àqueles que fazem o bem. Não faço as coisas pensando em ser recompensada, mas senti a mão abençoada, porque meu marido, embora não descendente, nem fala o idioma, ficou apenas 2 meses desempregado.
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Comentários
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Parabéns pelo trabalho!!!