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Mostrando postagens de junho, 2009

O nome do blog "Vidasemvoltas" mudou para Japão Cultura e Turismo

Síndrome do Regresso

Atrasada nas postagens, estou fazendo uma sequência de assuntos. Venho, passo a passo, descrevendo como tudo começou, desde a ida de nossos antepassados ao Brasil até o caminho de volta. Vou saltar alguns assuntos, e depois retornarei, para continuar a cronologia nos marcadores. Este é um assunto que gostaria muito de abordar: saúde. Entre tantas doenças que o dekassegui adquire, não obstante as gripes e outros males da Ásia e a LER (Lesão por Esforço Repetitivo), que ainda vou comentar, um outro distúrbio está tomando conta dos dekasseguis que retornam ao Brasil, porém não muito aceito pelo paciente: a Síndrome do Regresso . Batizada com este nome pelo psicólogo Décio Nakagawa, o dekassegui apresenta sintoma de depressão, isola-se, tem medo de sair, de pessoas diferentes, inapetência que causa definhamento físico, além de tonturas, náuseas, dor de cabeça. Geralmente se recusa a fazer terapia. Choque cultural, aumento da sensibilidade às diferenças, comparação a todo momento da realid

A história dos dekasseguis

Nos anos 80, com a recessão econômica no Brasil, o Japão necessitando suprir carência de mão e as empresas japonesas passando a contar com os estrangeiros, ocorreu um aumento no número de ilegais no país, vindos dos países asiáticos como a Coréia do Sul, China, Bangladesh, Filipinas, Paquistão e Tailândia, recrutados pelas empresas de turismo ou aliciados por intermediários. Entre 1985 e 1990, a emigração era mal vista e feita de forma irregular. Em 1990, uma reforma na lei japonesa permitiu a legalização em até 3 anos para nisseis e de 1 ano para sanseis Em 1993, uma lei derrubou a Lei da Ilegalidade das empresas agenciadoras da mão de obra e, até então, o número de dekasseguis cresceu. Veio a crise de 1998, que envolveu os países asiáticos, e esse número caiu, voltando a crescer em 2000. Apesar da situação trabalhista deficiente da fase inicial , hoje os nikkeis estão adaptando-se à vida empregatícia, os salários recebidos no Japão na conversão para o dólar, ganha-se ainda mais do q

Movimento dekassegui

Dekassegui (出稼ぎ) formado pelas palavras 出る (deru= sair) e 稼ぐ (kasegu= para trabalhar, ganhar dinheiro trabalhando), designado a qualquer pessoa que deixa sua terra natal para trabalhar temporariamente em outra região ou país. Esse nome era dado aos japoneses de Hokkaido que migravam para os grandes centros, como Tóquio e Osaka, a trabalho. Em 1980, iniciou-se o movimento dekassegui de brasileiros no Japão, com a necessidade de mão-de-obra no arquipélago japonês. Leis facilitaram a entrada de trabalhadores estrangeiros e, em junho de 1990, foi editada a "Lei de Controle de Imigração", permitindo que japoneses e seus cônjuges ou descendentes até a 3ª geração (sanseis) pudessem exercer qualquer atividade e período de residência relativamente longo. O visto para descendentes de japoneses da quarta geração (yonseis) só é concedido se estes imigrarem na companhia dos pais (3ª geração, sanseis). Dekasseguis brasileiros são a segunda comunidade de brasileiros vivendo fora do país, a

Migração Internacional

Um estudo do Itamaraty, um tanto antigo, mostra que mais de 100 mil brasileiros emigram anualmente, do Brasil, em busca de trabalho. Nos Estados Unidos, principal destino da emigração do Brasil, mais de metade da comunidade brasileira ali radicada estava ilegal, refere a pesquisa. Estados Unidos Paraguai , Japão, Alemanha, Portugal, Argentina, Itália, Suíça, França e Reino Unido são os dez países que mais abrigam cidadãos do Brasil. Mas a maioria está nos Estados Unidos, seguidos de Japão e, em terceiro, Portugal. Desemprego, subemprego, baixos salários contribuem para a migração de toda a América Latina para os Estados Unidos. Cada vez mais famílias inteiras migram para os Estados Unidos. No México, um grande número de mulheres têm migrado para os EUA. Às vezes, vão sozinhas e acabam levando suas famílias mais tarde. Um relatório de 2008, apontou que o número de países emissores eram 55 e o de receptores são 67 países. A migração de forma "regular" diminuiu em alguns países,